
Meu filho, fala a todo mundo da importância da meditação das minhas sete dores. São poucas as almas que recordam do meu martírio; muitos não carregam sua cruz com amor e reclamam, perdendo assim todos os méritos. Eu sou a mesma Mãe das Dores que ficou de pé aos pés da Cruz. Ficai comigo também, meus filhos, aos pés da Cruz, e me acompanhai neste sacrifício de dor e amor.
Oração Inicial

Ó minha Mãe Dolorosa, que sofrestes aos pés da Cruz, vendo o seu Filho inocente derramar seu sangue como um manso cordeiro levado ao matadouro! Quero reparar os meus pecados e da humanidade inteira, pelas cruéis espadas que com os nossos pecados perfuraram o Vosso Imaculado Coração. Dai-nos, Senhora, a graça de chorar os nossos pecados e de fazer penitência pelos erros da vida passada, e obter do Vosso Divino Filho o perdão dos nossos crimes e a graça da coroa da salvação eterna. Amém.
Primeira Dor

Que dia cruel foi aquele que fui com meu santíssimo esposo apresentar o Meu Filho no templo. Quando Simeão tomou Meu Filho tão pequeno nos braços e profetizou, uma terrível espada perfurou minha alma. Pude ver todos os horrores que o Meu Filho inocente iria sofrer pela redenção da humanidade.
Pai-Nosso e sete Ave-Marias.
Jaculatória: Pelo Sacratíssimo Coração de Jesus, curai as dores no Coração dilacerado de Maria.
Segunda Dor

Que dor cruciante foi quando soubemos que o ímpio Herodes procurava Meu Filho tão pequeno para matar. Eu e meu Castíssimo Esposo tivemos que sair às pressas e fugir para o Egito para proteger o Menino Jesus. O Anjo do Senhor nos acompanhou por todo o percurso. Meu Coração de Mãe estava dilacerado, por saber que muitas criancinhas foram arrancadas dos braços de suas mães e mortas com maior crueldade. Hoje há muitos Herodes no mundo. Uma quantidade medonha de nascituros que são arrancados do ventre de suas mães e mortos pelo aborto.
Pai-Nosso e sete Ave-Marias.
Jaculatória: Pelo Sacratíssimo Coração de Jesus, curai as dores no Coração dilacerado de Maria.
Terceira Dor

Que dia triste foi aquele dia em que perdi o Meu Filho. Angustiosos, tivemos que andar muito à sua procura. Naquele dia, Deus fez ver em minha alma, que o meu tão pequeno Menino já tinha maturidade e deveria obedecer, cumprir a vontade do Pai do Céu. Meu Coração de Mãe dói pelas almas que perderam Jesus pelo pecado mortal, e não O buscam com uma confissão sincera para achá-Lo novamente.
Pai-Nosso e sete Ave-Marias.
Jaculatória: Pelo Sacratíssimo Coração de Jesus, curai as dores no Coração dilacerado de Maria.
Quarta Dor

Que dor tão grande foi encontrar com o Meu Filho sofrendo, carregando sobre os ombros sua pesadíssima Cruz, contida nela todo o peso do pecado da humanidade. O meu olhar de Mãe e o Dele, de Filho, se entrelaçaram. Eu disse: “Meu Filho!”, Ele: “Minha Mãe!”. Vi o Meu Jesus coberto de chagas e o seu Preciosíssimo Sangue caindo no chão, na rua da amargura. Sofro ainda por ver almas que se dizem serem de Jesus, reclamando dos sofrimentos, das cruzes que Deus permite para a salvação.
Pai-Nosso e sete Ave-Marias.
Jaculatória: Pelo Sacratíssimo Coração de Jesus, curai as dores no Coração dilacerado de Maria.
Quinta Dor

Que dor indizível quando vi o Meu inocente Filho morrendo na Cruz! Meu Coração cresceu tanto, a tempo de explodir! Foi uma dor tão grande, que nenhuma mãe humana aguentaria! Hoje ainda se repete a mesma cena, por cada criancinha inocente que morre pelo terrível crime do aborto. Meu Coração sangra, por ver o mundo na escuridão do pecado e matando o meu Filho de novo.
Pai-Nosso e sete Ave-Marias.
Jaculatória: Pelo Sacratíssimo Coração de Jesus, curai as dores no Coração dilacerado de Maria.
Sexta Dor

Quanta dor senti ao receber em meus braços o Corpo de Meu Filho morto, sem vida. Veio à minha mente a recordação Dele em meus braços ainda pequeno, eu acariciando. Ainda renova as minhas dores pelas mães que desprezam e mandam matar seus filhos com o crime do aborto.
Pai-Nosso e sete Ave-Marias.
Jaculatória: Pelo Sacratíssimo Coração de Jesus, curai as dores no Coração dilacerado de Maria.
Sétima Dor

Que dor senti na minha alma quando levaram o corpo do Meu Filho para sepultar. Uma saudade cruel invadiu todo meu Ser! Só uma mãe que ama seu filho sabe a dor de sepultá-lo. Como fico triste ao ver mães que ainda hoje assassinam seus filhos pelo aborto, jogando eles em qualquer lugar, sem direito a uma digna sepultura.
Pai-Nosso e sete Ave-Marias.
Jaculatória: Pelo Sacratíssimo Coração de Jesus, curai as dores no Coração dilacerado de Maria.
Oração Final
Ó Mãe Dolorosa, rogai por nós perante o Trono do Vosso Filho Jesus, o justo Juiz Supremo. E livrai a nossa alma daquela terrível sentença eterna no Dia do Juízo. Amém.
Visão do Irmão Ivan sobre as 7 Dores de Nossa Senhora
Quando eu era mais jovem, eu vi Nossa Senhora das Dores. Ela tirou o Coração, colocou-o na mão e triste, falou:

“Meu filho, abre!”
A hora que eu abri o Coração, tinha sete cruzinhas dentro. Aí ela falou assim:
“Divulgue, Meu filho, Minhas dores, e reze todos os dias. Aqueles que rezarem todos os dias, em memória das minhas sete dores, eu serei advogada deles no Dia do Juízo”.
Notas:
[1] Esta Simulação da imagem do conjunto serve apenas para descrição visual, didática, e não como comprovação da disposição inicial do Políptico das Sete Dores de Maria. Este Políptico, conforme se refere em História, foi substituído pouco tempo depois da sua criação por outro dedicado às Alegrias de Maria, e provavelmente o conjunto inicial não mais foi colocado na posição original, portanto há cerca de quinhentos anos. Pode acontecer que no futuro se encontre algum documento da época, ou posterior, que indique a disposição inicial do Políptico, como pode simplesmente não ter sido nunca registada essa disposição. Na falta de tal documentação, esta simulação baseou-se no Político das Sete Dores de Dürer, igual no tema, no número de pinturas e na época da sua criação.
[2] Quentin Matsys (1466-1530) foi um pintor flamengo e fundador da Escola de Antuérpia. Esteve ativo por mais de 20 anos, criando inúmeros trabalhos de cariz religioso e tendências satíricas. Foi o fundador da Escola de Antuérpia. Seu nome é escrito de diversas formas, tanto o seu nome próprio Quentin ou Quinten, como o seu nome de família varia em Massys, Matsys, Matsijs, Metsys ou Metsijs.
[3] O Convento da Madre de Deus, outrora ocupado pelas monjas da Ordem de Santa Clara, fica situado na zona oriental de Lisboa, e aloja atualmente o Museu Nacional do Azulejo. Mandado construir em 1509 pela Rainha D. Leonor, mulher do rei D. João II, só cerca de 1550 é construída a atual igreja da Madre de Deus, por ordem do rei D. João III, sendo posteriormente decorada já nos reinados de D. Pedro II, D. João V e D. José, entre finais do século XVII e meados do século XVIII.
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